Finalmente o momento que todos esperavam! A resposta a todas as suas indagações e dúvidas! Depois dos mais de 90 comentários da primeira metade do Top 10 da semana passada, todos conhecerão as cinco animações preferidas da galera do Cafundó!

Não estragando muito a surpresa, devo adianta que, infelizmente, a lista agora não está tão sortida quanto a anterior, mas ainda deve agradar à maioria – pelo menos daqueles que estão acompanhando desde a semana passada.

Sem mais delongas, apresento-lhes o Top 10 Animações Favoritas do Cafundó de Todos os Tempos – Parte 2: A Missão!

5. As Bicicletas de Belleville (2003) – Sylvain Chomet

Por se tratar de um filme quase mudo, a missão de traduzir os sentimentos e motivações dos protagonistas recai sobre as técnicas de animação. As expressões faciais e a linguagem corporal dos personagens são os responsáveis por passar os principais pontos do enredo. Mesmo praticamente sem palavras a produção francesa/canadense/belga/britânica conseguiu ganhar o mundo e concorrer ao Oscar de melhor animação (perdendo para Procurando Nemo). Nós aqui do Cafundó não ligamos muito para isso e o escolhemos como quinto favorito

O neto de Madame Souza é sequestrado enquanto corria a famosa Tour de France. Assim, a velhinha atravessa o oceano em direção aos Estados Unidos para enfrentar os perigosos mafiosos ítalo-americanos que o levaram. Ela contará com a ajuda das três irmãs da cidade de Belleville (as trigêmeas do título original, Les triplettes de Belleville) para salvar o ciclista de uma arena clandestina de apostas. Nós aqui do Cafundó não ligamos muito para isso e o escolhemos como quinto favorito

Benny Ricciardi: Visualmente, o que mais gosto no filme é a caracterização caricata dos personagens. Além disso, acho demais que um filme sem falas consegue te entreter e te segurar, apenas utilizando onomatopéias. Finalmente, também me agrada muito a estrutura, totalmente diferente da hollywoodiana, que já encheu o saco de todo mundo.

4. Fantasia (1940) – James Algar, Samuel Amstrong, Ford Beebe, Norman Ferguson, Jim Handley, T. Hee, Wilfred Jackson, Hamilton Luske, Bill Roberts, Paul Satterfield, Ben Sharpstein

Para poupar o trabalho de vocês, já adianto: são 11 os diretores dessa obra-prima da animação. Um filme ser de 1940 e figurar em qualquer Top 10 já é um grande feito, e é por isso que vocês merecem um puxão de orelha. Poxa, 37 tentativas (na promoção da semana passada) antes de alguém finalmente se lembrar de Fantasia?? Qualé, galerinha?? Onde mais existem bailarinas acima do peso ao som de La Gioconda (hipopótamos, lembram?)? Tudo bem, eu sei que peguei pesado, mas se eu colocasse que havia um aprendiz de feiticeiro se estrepando com vassouras encantadas, aposto que todo mundo saberia…

Enfim, esse musical animado e produzido pelo próprio Walt Disney conta com diversos atos, cada qual com sua própria representação de grandes exemplares da música clássica, como Bach, Tchaikovisky, Beethoven e Stravinsky. Na produção, podemos acompanhar diversos animais antropomórficos se metendo em confusões que até Deus duvida – até mesmo um certo camundongo muito famoso até os dias de hoje.

Giovanni Girardi: Do TOP 10 do cafundó, esse é o único filme realmente antigo (1940, o terceiro longa da Disney), mas não fica nem um pouco atrás dos outros em questão de qualidade. O filme é uma viagem musical e visual do começo ao fim.

3. Procurando Nemo (2003) – Andrew Stanton e Lee Unkrich

AVISO: começa aqui o império da Pixar sobre nossas preferências. E não tinha como ser diferente. Perdoem o meu francês, mas os caras são f*&@$.

Mais uma vez, conseguiram aliar uma animação da melhor qualidade tecnicamente, com uma história envolvente, direta, e comovente. O oceano é um prato cheio para a produtora, que reproduz com maestria todas as texturas deste movimentado ambiente, com plânctons, areia e águas vivas vívidas e realistas. Além disso, a expressão facial dos animais já é tão intensa que permite uma conexão imediata, sem o nível de atropomorfismo de obras como Vida de inseto ou Carros.

Na produção, um peixe palhaço atravessa os mares atrás de seu filho, que a qualquer momento será dado de presente a uma garotinha com um amor um pouco grande demais. Após este filme, ninguém jamais poderá dizer que peixes são sem graça.

Edson Sant’Ana: Envolvente, criativo e hilário, Procurando Nemo conseguiu colocar personagens muito interessantes e engraçados em um roteiro que agrada tanto crianças quanto adultos. Prova disso é que não há quem tenha visto o filme e não tenha falado baleiês, não importando a idade.

2. Monstros S.A. (2001) – Pete Docter, David Silverman e Lee Unkrich

Este já é o terceiro filme que Unkrich, mesmo que como co-diretor, consegue emplacar aqui no Top 10 do Cafundó (além deste, também dirigiu Toy Story 3 e Procurando Nemo). Se sua produção falhou em derrotar Shrek, da Dreamworks, no primeiro Oscar de melhor animação, em 2001, ela conseguiu dar o troco aqui, ao figurar em segundo lugar – o ogro conseguiu apenas dois votos e nem entrou na lista.

O filme conta a história de dois funcionários da Monstros S.A., companhia fornecedora de energia de Monstrópolis, que abastecem a cidade colhendo gritos de crianças ao assustá-las. O temor, no entanto, é muito maior entre eles, já que apenas o toque de um humano pode ser fatal. Quando uma pequena menininha invade seu mundo, o terror se instala e Sully e Jake passam a lutar para devolver a jovem a seu devido lugar.

Leonardo Minozzo: O filme consegue lidar com uma das fobias das crianças de forma muito convincente e desmistifica a história de que os monstroes são maus. O estilo de animação é baitíssimo e a história muito boa. Com certeza merece estar no top 5.

1. Wall-E (2008) – Andrew Stanton

Se Lee Unkrich foi quem ganhou em número de filmes, Andrew Stanton, que dividiu a direção de Procurando Nemo com Unkrich, conseguiu o primeiro lugar com Wall-E. A produção ganhou o prêmio da Academia em 2009 como a melhor animação, e ainda concorreu em mais cinco categorias. Assim como em As Bicicletas de Belleville, o filme também se passa, em sua maior parte, em silêncio. E o faz com toques de genialidade. Afinal, não retrata a saga de humanos, de pessoas com as quais podemos nos conectar mais facilmente, mas a de um robô. E vamos combinar, conseguir transmitir sentimentos e emoções com expressões tão sutis quanto um arquear de binóculos não é para qualquer um.

Em um mundo pós-apocalíptico, um pequeno robô limpador continua a trabalhar, tentando sozinho erradicar a sujeira deixada pela humanidade. Solitário e grande apreciador de seus antigos criadores, Wall-E embarca em uma última aventura quando conhece Eve, uma enviada cibernética muito mais avançada do que ele.

César Soto: Este longa entrou direto na minha lista de filmes preferidos de todos os tempos, não importando se animação ou live-action – talvez por isso eu tenha manipulado os depoimentos pra poder falar sobre ele. Wall-E é o maior exemplo da maestria da Pixar em mesclar animação impecável com um roteiro perfeito. Enfim, representa o ápice do que todo filme deve ter: a arte de contar uma história.

E então? Concorda com nosso Top 10? Acha que faltou algum? Tem alguma idéia para uma próxima lista? Deixa um comentário aí, bicho! Até a próxima!

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PROMOÇÃO!

A propósito, a medalha de honra ao mérito e os dvds “Monstros SA” e “Procurando Nemo” vão para os ganhadores da nossa promoção: Karina Silveira e Rafael Queiroz. Parabéns!

Valeu todas as tentativas, minha gente. Fiquem ligados pois novos desafios virão!